Eu aposto que você já fez, intuitivamente um moodboard mesmo sem saber. Eu faço desde adolescência! A capa dos meus cadernos no colegial sempre foram um grande mural de colagens. Lembro de ficar horas recortando imagens da revista Capricho (rs) para depois colar uma ao lado/sobre a outra de forma desordenada e montar uma imagem única bem bacana. Tinha fotos de amigos, artistas famosos, objetos legais, frases que representavam o meu momento… era um moodboard analógico.
Eu traduzo como um grande mural com imagens de referências que refletem um estilo, uma vontade, uma expectativa.
Um exemplo de moodboard do site: www.eclectictrends.com
Existem várias maneiras de fazer um moodboard e o meu objetivo aqui não é te ensinar como.
O que eu quero te mostrar é o resultado: como tudo fica mais fácil quando temos imagens organizadas, que sustentam uma linha de pensamento e ilustram, com certa exatidão, quais os caminhos a seguir.
No processo criativo aqui do escritório, usamos esta ferramenta em 02 momentos:
Esta etapa é super bacana. É quando eu começo a conhecer o cliente através das suas referências. E às vezes eu me surpreendo – imaginava algo e vejo que é completamente diferente!
Pode ser através de uma única imagem ou de uma pasta com muitas imagens. Muito ou pouco, normalmente, quando o cliente já chega com alguma referencia, isso foi feito de forma intuitiva e precisa ser organizado.
E é ai que recorremos ao Pinterest!
O Pinterest nada mais é do que um grande moodbord digital – onde você consegue guardar várias referências de forma organizada.
Quando o cliente topa a proposta, eu disponibilizo uma pasta secreta, com acesso restrito a mim e ao cliente, dentro do meu próprio perfil.
Esse é o meu perfil no Pinterest, onde eu guardo e compartilho todas as referências organizadas por cômodo ou tema específico.
A ideia é que ao longo do processo de criação, os envolvidos no projeto guardem em um só lugar, acessível a todos, as suas referências. Isso se torna ainda mais divertido quando, no projeto para famílias, os filhos são envolvidos e autorizados a “pinar”! Normalmente eles se envolvem no processo por sentirem-se incluídos e curtem essa fase de reforma/construção ou decoração de uma forma intensa!
Neste momento, a orientação é que o cliente encontre referências visuais que reflitam o seu estilo e tragam alguma sensação boa, alguma memória ou lembrança bacana. Lembra que falamos de “memórias afetivas” no post “4 Provas dos Benefícios da Arquitetura e da Decoração”? E não precisa necessariamente ser foto de ambientes… Pode ser também um filme, uma música, uma viagem…. tudo é referencia!
Essa é a hora de se expor sem censura, sem medo ou preconceito! Sem achar que “isso” não combina com “aquilo”… O que eu sempre digo é: me mostra o que você gosta e deixa que eu cuido do resto!
A partir das referências do cliente, começa o meu trabalho. Eu junto todas as informações recebidas para analisar: O que aquelas imagens tem em comum? Qual a cor, a textura e a volumetria que predominam? Quais os elementos de destaque que podem se encaixar na realidade do projeto? Que emoções essas imagens provocam e qual o clima que elas transmitem?
A partir disso, com todas essas respostas, eu monto efetivamente um moodboard do projeto!
E sai cada prancha linda… olha só a última:
Este foi o moodboard inicial do projeto de um co-working que também é residência temporária de um casal jovem e super descolado!
Gosto tanto deste tipo de comunicação visual que tenho uma parede no escritório dedicada aos moodboards. Fica tudo lá, visível e com fácil acesso!
Em cima dele, definimos desde a paleta de cores das parede, até os móveis e objetos de decoração que devem ser adquiridos!
É dessa forma que eu tento desvendar os estilos e fujo dos rótulos impostos pelo mercado. Eu adoro batizar o estilo de cada cliente e normalmente com um nome composto, tipo: clássico moderninho, cool hipster, escandinavo colorido….. me divirto fazendo isso!
Afinal, se você assiste todos os programas de decoração na TV como eu, já deve ter ouvido o Nate Berkus dizer: “Sua casa deve contar a história de quem você é e ser uma coleção do que você ama!”
E se é assim – e eu acredito que seja… não dá para dizer que alguém é simplesmente “clássico” ou “minimalista”…
Grande beijo!
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